De acordo com informações repassadas com exclusividade, o homem estava num veículo modelo Celta prata e foi até a casa da vítima se passando por um funcionário do Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS. “Estamos com muito medo, não temos mais segurança dentro de nossa própria casa. A que ponto chegamos? Pessoas de bem sendo enganadas dessa forma, tendo seus direitos atingidos?”, destaca um familiar da vítima.
O golpista procurou saber detalhes da vida da vítima, fazendo-a confirmar se morava sozinha, se era aposentada e se tinha recebido o pagamento nos meses de dezembro e janeiro.
Enquanto fazia os questionamentos, o estelionatário fingia anotar todas as informações numa pasta e com um discurso falso relatou ao aposentado que se ele não fizesse o recadastramento o beneficio iria ser cortado. Com medo de não receber mais o pagamento, o aposentado entregou a quantia em dinheiro requisitada pelo suposto funcionário do INSS.
A vítima, que pediu para não ser identificada, declarou a nossa reportagem que o homem vestia uma camisa branca, tinha aproximadamente 40 anos e era moreno.
Já na cidade de Juazeirinho, outra idosa também caiu num golpe parecido. Ela que tem cerca de 80 anos e é conhecida como Dona Nair perdeu 950 reais, dinheiro proveniente de sua aposentadoria.
Dona “Nair” declarou que um homem jovem e bem vestido chegou em sua casa dizendo que era funcionário do Banco do Brasil. Dessa vez o golpista informou que o pagamento teria vindo com valor errado e pediu para fazer a recontagem do dinheiro no banco. Vendo que o homem estava demorando para retornar, a vítima avisou aos familiares o que havia acontecido e só então se deu conta de que tinha caído num golpe.
Ainda não se sabe se o golpista aplicou outros golpes na região e se ele está agindo sozinho. Também não é possível afirmar que se trata da mesma pessoa. A Previdência Social orienta aos aposentados que em nenhum hipótese entregue dinheiro ou deposite valores em contas bancárias indicadas por pessoas estranhas. Funcionários do INSS trabalham na sede do órgão e geralmente não costumam visitar os beneficiários.
DE OLHO NO CARIRI
Roberta Lucena
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